A caverna (título provisório)
"Quatro pisos abaixo do nível do chão, delimitados por paredes, colunas e luz artificial, criámos a nossa caverna, o nosso jogo platónico do avesso, a nossa zona de guerra, o nosso encontro com um tempo presente em que agimos na descoberta, na evidência de sermos parte do todo que construímos, do momento em que agimos, do perigo subjacente à destruição de formas feitas, maneira certas de fazer e dizer, sensos comuns ou verdades ditadas.
Disformemente platónicos, enfrentamos sombras sob luzes que nos aliciam e alertam, e, procuramos, na possibilidade efémera de escuridão, da sombra iminente que sob a promessa de luz se instala dentro de nós. A busca sempre possível que não acaba em si mesma. Guardá-la, preservar a utopia que permanece escondida, para permitirmos a luz, na possibilidade de a procurar. O entendimento da possibilidade da não solução como a permissão de novos olhares, a saída da caverna, a percepção da existência de um caminho sempre apto a começar." - Adriana Aboim
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